quarta-feira, 10 de julho de 2013

Uma única vez

Eu nunca fui o tipo de pessoa que se apaixona rápido, ou que sente necessidade de ter alguém, sempre fui mais à minha com aquela coisa toda de “tanto-faz-tanto-fez”. O tempo foi passando e fui vendo todos ao meu redor se apaixonando, vivendo felizes e risonhos com seus parceiros e eu continuei ali sem ninguém. Mas eu nunca me entristeci por isso, afinal a idéia de namorar quase nunca passava pela minha cabeça. Até aquela vez.  Aquela única vez.

Aquele ano, aliás, aqueles dois anos.  Embora já tenham se passado mais de dois anos eu ainda lembro, lembro como se fosse ontem. Como dizem “O primeiro amor a gente nunca esquece” e é verdade. Quando nos conhecemos o que me encantou foram os seus olhos, sempre com aquele olhar de menino responsável, sério mas simpático e risonho, muito risonho.  E o que posso falar daquele sorriso? O mais lindo e penetrante que já vi. Impossível de não se apaixonar. 

Era fácil conversar com ele, mesmo no primeiro dia a conversa fluía como se nos conhecêssemos há anos.
 As borboletas, a saudade, a vontade, as músicas... Tudo! Era um turbilhão de sentimentos que me atingiam ao mesmo tempo sem que eu tivesse a chance de respirar pra tentar entender. Nunca senti algo tão forte e tão bonito ao mesmo tempo. Depois tudo começou a fazer sentido pela primeira vez eu entendia, eu sabia o que estava sentindo.

Era amor, só podia ser amor. O tempo foi passando e cada vez mais o que eu sentia só aumentava. Não sei se gostava ou se sufocava. Como todo o tipo de adolescente apaixonada eu ficava horas e horas imaginando uma vida juntos.
Não vou negar, era legal, já me diverti muito imaginando isso. O problema é que acabei me iludindo demais, como o esperado as coisas não foram como eu imaginei e eu me magoei, me senti tão mal que me afastei. 

Não sei se foi a melhor coisa a fazer, mas achei que seria.
Consegui fazer disso uma boa lembrança sempre tento encarar a dor como uma forma de aprendizado.
Percebi que depois disso não consegui mais gostar, amar nem nada relacionado a isso, não porque eu quero ou porque eu seja aquele tipo de pessoa que pensa que o amor não vale a pena e todo aquele blá blá blá.  

Apenas não consegui. Mas voltei pra estaca zero. Aquela coisa de ‘’tanto-faz-tanto-fez’’.
Mas quem é que sabe o dia de amanhã? Talvez um outro dia, outro ano, mais outros dois anos.


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